Hospital Regional e Secretaria de Saúde de Patos firmam parceria para acompanhar pacientes de Covid pós-alta

Em 21/07/2021

O Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro (CHRDJC), de Patos, vai ampliar o atendimento que vem sendo dado, desde agosto do ano passado, aos pacientes que receberam alta hospitalar após internação por Covid-19 e que adquiriram alguma sequela por causa da doença. A ampliação deste acompanhamento pós-alta foi garantida por meio de parceria firmada em reunião entre representantes do hospital e do Núcleo de Assistência aos Pacientes Pós-Covid, pertencente à Secretaria Municipal de Saúde de Patos.
 

A reunião contou com as presenças da chefe do Núcleo de Enfermagem do Complexo, Séfora Cândida Vasconcelos, e do fisioterapeuta Thaynan de Sousa Morais e da psicóloga Ingrid Gisely Alves de Oliveira, que integram o Núcleo de Patos. A parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde de Patos com o Complexo Regional abrangerá toda a população. 
 
“O Hospital vai nos comunicar sobre as altas do setor Covid e nossa equipe fará uma busca ativa do paciente em todo o âmbito do município para que ele, em caso de necessidade, tenha uma reabilitação de maneira mais adequada”, explica o fisioterapeuta Thaynan de Sousa.
 
“Antes desta parceria, a unidade identificava a necessidade de o paciente continuar com sessões de fisioterapia, por exemplo, mas não havia um espaço referenciado para tal na cidade ou quando existia um serviço referenciado este não existia, especificamente, para atendimento de pacientes que tiveram Covid. Agora, com esse Núcleo, o paciente não terá apenas a identificação do acompanhamento que ele precisa, mas o cuidado adequado. Estamos muito felizes com essa parceria porque identificamos que a maioria dos pacientes que passam pelo ambulatório de egressos Covid do hospital precisam, principalmente, de fisioterapia e de serviços de psicologia. No caso de Patos, agora nós teremos esse serviço referenciado”, afirma Séfora Vasconcelos.
 
O ambulatório de egressos de Covid do Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro funciona uma vez por semana, com consultas pré-agendadas e é coordenado pelo médico Diego Varela, que é o responsável pelos atendimentos clínicos. Quando o paciente tem alta, é feito um cadastro no qual consta o histórico clínico dele e telefones para que, posteriormente, seja feito um contato, a fim de marcar uma consulta no ambulatório. Essa marcação, explica Séfora, pode ser feita tanto por uma equipe de teleconsulta, que funciona na sede da SES, em João Pessoa, ou diretamente, pela unidade onde o paciente esteve internado. 
 
“Algumas vezes há dificuldade em localizar o paciente por causa dos telefones de contato que não atendem ou estão errados”, explica Séfora, lembrando que as consultas acontecem, geralmente, entre 15 e 30 dias após a alta.  Na consulta médica, o paciente é avaliado e se o médico identificar que há necessidade de realização de novos exames, eles são realizados no Centro de Imagem da unidade e se houver necessidade de continuar a realizar outros procedimentos, ele é orientado a procurar atendimento posterior.

“Muitos pacientes, após o período inflamatório e mesmo após a pronta recuperação parcial ou total da sintomatologia do Covid e da alta, necessitam de um acompanhamento ambulatorial que lhes dê a assistência e restauração completa da saúde, não só com o acompanhamento médico, mas também fisioterápico entre outros e esse trabalho do ambulatório de egressos, além de reduzir a ocupação de leitos por uma eventual reincidência dos problemas, consegue uma diminuição considerável de mortalidade destes pacientes pós-alta”, afirma Dr. Diego.
 
O médico Pedro Augusto, que atua na linha de frente do setor Covid do Complexo, complementa que esse acompanhamento pós-alta é muito importante. “Uma das coisas que a gente tem que prestar bastante atenção são os efeitos futuros do Covid, pois nos deparamos, muitas vezes, com pacientes com déficit neurológicos, cognitivos, fraqueza muscular, dores articulares e são pessoas que não tinham isso antes da doença. E o pior de todos é o quadro respiratório crônico, essa fibrose pulmonar que o paciente pode virar um paciente dependente de oxigênio”, esclarece o médico.